Bem-vindo, caro leitor! Este é um blog de notícias experimental, organizado por seis alunos do curso de jornalismo da UFES, 2º período. Neste local abordaremos temas relativos à população inserida à margem da sociedade.

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quinta-feira, 25 de março de 2010

AUTONOMIA EM MÃOS

Por Reuber Diirr e Flávio Soeiro

A dificuldade de entrar no mercado de trabalho, exigente em qualificação, e os baixos salários vem criando uma grande quantidade de trabalhadores autônomos, que desenvolvem diversos meios para sustentarem suas famílias através de um ofício. Isso ocorre com muitos capixabas, como é o caso do ex-funcionário público e aposentado Joaquim Vieira, 64 anos.

Natural de Guarapari, Joaquim veio para Vitória aos nove anos e começou a trabalhar desde os dez como trocador de ônibus e, aos 18, tornou-se funcionário público pela PMV (Prefeitura Municipal de Vitória). Trabalhou até sua aposentadoria, há três anos, e durante sua carreira passou por vários órgãos do município. Ele conta e mostra uma carteirinha que foi um dos fundadores da SEMMA (Secretaria Municipal de Meio Ambiente).

Pai de sete filhos e com apenas o primeiro grau completo, Joaquim, depois de aposentado, passou a trabalhar com carrinhos de propaganda pelas ruas de Jardim da Penha. Segundo ele, seu trabalho é calmo e já lhe rendeu inúmeros amigos pelas redondezas, o que faz com que ele dedique-se mais ainda ao seu ofício. A única desvantagem é trabalhar em meio ao trânsito, pois existem muitos motoristas descuidados.

Além da caixa de alto-falantes, a bicicleta de Joaquim tem uma cobertura amarela, que serve de proteção contra o sol, o que chama a atenção das pessoas na rua. Joaquim coordena cerca de dez bicicletas, propriedades de sua mulher. Ele afirma que, mesmo em época de campanha eleitoral, prefere anunciar lojas e ser fiel aos seus antigos clientes.

Seu serviço de autônomo começa às 9h da manhã e termina às 18h. Segundo Joaquim, a época das festas de fim de ano é a melhor temporada para ganhar dinheiro, graças ao aumento da necessidade de anúncios.

Outro trabalhador autônomo que merece destaque é o feirante Vanderlei, 43 anos, que trabalha nesse ramo há 20 anos. Nascido em Ataléia, Minas Gerais, saiu de sua cidade e veio para o Espírito Santo em busca de um emprego, pois não havia muitas oportunidades em sua cidade natal. Com apenas o primeiro grau completo, logo viu que sua melhor oportunidade era se tornar um feirante.

Com a facilidade de ter horário e salário próprios, afirma com veemência que não passa dificuldades no exercício de seu trabalho. E, como um bom mineiro, diz que seu passatempo favorito é ir aos bares e à praia. Apesar da tranquilidade, ele acredita que é necessário mais segurança, pois em muitos casos os postos policiais ficam distantes do local de trabalho.

De acordo com o site G1 - veja a matéria aqui - os trabalhadores autônomos pagarão menos ao INSS, pois a alíquota reduziu dos 20% para os 11%. Por outro lado, ao reduzirem o valor pago à Previdência, só terão direito a receber um salário mínimo quando se aposentarem. Para receber mais de um salário, devem manter a taxa tradicional do tributo.

Um comentário:

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