Bem-vindo, caro leitor! Este é um blog de notícias experimental, organizado por seis alunos do curso de jornalismo da UFES, 2º período. Neste local abordaremos temas relativos à população inserida à margem da sociedade.

Um canal em que todos podem se expressar abertamente, de forma igualitária e RESPEITOSA. Lembre-se: gritar é se expressar repentinamente, expondo as dores e as angústias. Esteja livre para compartilhar o seu grito.




segunda-feira, 12 de abril de 2010

Feliz ao Modo Natural

Os padrões de beleza estabelecidos pela sociedade fogem do que realmente pode ser atingido pela maior parte da população. A magreza ou os considerados “malhados” que vemos diariamente nas revistas e televisão são intitulados perfeitos modelos a serem seguidos. Esse culto ao perfeito, estimulado pela mídia, afeta principalmente as mulheres, mas já é possível perceber a mudança no comportamento masculino em relação a este assunto.

Problema Mundial
Este tema não é um problema presente somente no Brasil. Uma pesquisa, encomendada pela empresa Dove, foi realizada em vários países e revela que o percentual de pessoas que gostaria de mudar algo em seu corpo chega até 90%, sendo a cirurgia plástica um dos principais métodos para mudar o corpo.

Com a cobrança de um corpo que siga padrões estipulados, as pessoas que não se encaixam nesse perfil muitas vezes passam por questionamentos do tipo “por que você não emagrece?” ou “por que não alisa seus cabelos cacheados?” Em várias situações, é perceptível a forma preconceituosa como são vistas essas pessoas, pois, se você é diferente, não se encaixa no perfil ideal.


Eles são felizes à sua maneira
Na contra mão dessa cobrança, é possível sim encontrar pessoas que são felizes mesmo não se encaixando no modelo de beleza que a sociedade impõe. É o caso de Fabrícia Xavier, 27 anos, Daniely Fernandes, 26 anos e Mateus Gurtler, 23 anos, que fazem parte do grupo que é feliz do modo que são sem se importar com padrões ou modelos pré-definidos por uma sociedade.

Fabrícia Xavier, também conhecida como Bia, não se importar com seus quilinhos extras e seus cabelos cacheados: “Me considero bonita dessa forma”, afirma Bia. E isso pode ser percebido pela vida social que ela leva, apesar de trabalhar muito, sua fé e lazer não são esquecidos. Bia é católica praticante e baladeira das boas também. Sua única preocupação é com a sua saúde: “porque é com isso que devemos realmente nos importar”, diz Bia. Daniely Fernandes, também faz parte, juntamente com Bia, das pessoas que não são magras, mas são de bem com a vida. O que realmente importa para ela é o bem estar de sua família. Daniely é casada e tem um filho.

E como os homens não escapam dessa cobrança, Mateus Gurtler prefere não perder tempo com os modelos exigidos: “Todos querem ser do mesmo jeito, não quero ser cópia de algo” destaca. O que percebemos, então, é que existe sim uma resistência para que não haja uma padronização de indivíduos, como cita um de nossos entrevistados.

O importante é que cada um possa viver e ser aceito da forma que é, sendo gordo, magro, alto, baixo, branco ou negro, tendo cabelos lisos ou cacheados. Esses, definitivamente, não devem ser requisitos para fazer parte de uma sociedade e/ou ser excluído dela.

Por Raquel Malheiros
Fotos: arquivo pessoal de Fabrícia Xavier e de Mateus Gurtler

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