Bem-vindo, caro leitor! Este é um blog de notícias experimental, organizado por seis alunos do curso de jornalismo da UFES, 2º período. Neste local abordaremos temas relativos à população inserida à margem da sociedade.

Um canal em que todos podem se expressar abertamente, de forma igualitária e RESPEITOSA. Lembre-se: gritar é se expressar repentinamente, expondo as dores e as angústias. Esteja livre para compartilhar o seu grito.




segunda-feira, 10 de maio de 2010

E os transferidos?

Os alunos transferidos encontram um novo ambiente pela frente. Será que eles passam por dificuldades? Como as pessoas veem os alunos transferidos de outras instituições? OO Grito entrevista o aluno Honório Filho, do curso de Comunicação Social, para descobrir como se desenvolve a vida desses estudantes em um meio novo, universitário e público, dotado de pessoas com pensamentos pré-concebidos.

OO Grito - Por que mudou de faculdade/universidade?

Honório - Surgiu a oportunidade na UFES. Aqui é federal, não paga e é mais próximo da minha casa.

OO Grito - Quais as dificuldades encontradas ao mudar de instituição?
Honório - Não encontrei muita dificuldade. A passagem foi normal.

OO Grito - Quais são os prós e contras de cada instituição?

Honório - Nenhuma é melhor que a outra. São diferentes. A particular tem mais estrutura... Na federal você tem uma vida acadêmica extra, grupos de estudo, extensão, pesquisa. E, mesmo considerando a UFES como uma federal, não considero como um diferencial, pois muitas empresas contratam mais aqueles que fazem a particular que eu frequentava.

OO Grito - Você acha que os alunos transferidos são discriminados?

Honório - Não exatamente. O fato que me incomoda é não fazer parte de nenhuma turma. Eu tenho aulas em turmas diferentes. Não participei, por exemplo, do trote, da matrícula, etc.

OO Grito - Você encontrou dificuldade de socialização com os demais estudantes?

Honório - Sim. No inicio é difícil, principalmente por não fazer parte de nenhuma turma. Você chega em uma turma já formada e fica perdido.

OO Grito - Houve acolhimento por parte dos colegas de sala?

Honório - Não houve acolhimento e nem exclusão. Em momento algum me trataram mal. Achei normal, como em qualquer lugar.

OO Grito - Você apresenta alguma dificuldade em realizar trabalho em grupo?

Honório - Comecei a fazer grupo com os próprios transferidos. Mas quando precisei me juntar com outras pessoas não houve tanta dificuldade.

OO Grito - Ao chegar na Instituição Federal, recebeu as informações necessárias sobre as atividades universitárias, através de algum órgão ou de algum funcionário?

Honório - Tenho que correr atrás das informações. Funcionários, alunos. Na particular é muito mais fácil. Tudo anotadinho, como o ensino médio. Vou na Prograd (Pró-Reitoria de Graduação) e dizem uma coisa, vou no departamento e dizem outra.

OO Grito - Você já foi vítima de preconceito ou já presenciou algum?

Honório - Em relação ao fato de ser transferido, não.

OO Grito - Em relação aos professores, há diferença quanto ao tratamento dado aos alunos transferidos e aos não transferidos?

Honório - Absolutamente não.


Por Flávio Soeiro, Reuber Diirr e Wilderson Morais

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